sábado, 9 de janeiro de 2010

Memória e democracia no Brasil

 O cineasta Silvio Tendler enviou carta ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendendo que os envolvidos em crimes de tortura em nome do Estado Brasileiro devem ser julgados e punidos por seus atos. Tendler critica a posição do ministro, contrária à punição aos torturadores. "Este gesto, na prática, resulta em dar proteção a bandidos que desonraram a farda que vestiam ao torturar, estuprar, roubar, enriquecer ilicitamente sempre agindo em nome das instituições que juraram defender. É incompreensível que o nosso futuro democrático seja posto em risco para acobertar crimes praticados por bandidos", escreve o cineasta.
 Leia a carta na íntegra acessando o link:

Assine o manifesto contra a anistia aos torturadores no link abaixo:

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mais um capítulo da relação mídia e poder

As relações da mídia com o poder ocorrem por caminhos algumas vezes insuspeitos. Lembro de quando a revista “Caros Amigos” fez, na década de 1990, uma longa matéria sobre um suposto filho do então Fernando Henrique Cardoso, com uma jornalista da Rede Globo. A matéria da revista, na verdade, discutia sobre as razões que faziam silenciar toda a mídia brasileira, considerando esta mesma mídia tão afeita a sensacionalismo, como tinham feito recentemente com a história de uma ex-namorada do então candidato Lula em 1989. O suposto caso amoroso do ex-presidente com a jornalista global tinha um elemento simbólico curioso, e a matéria fazia questão de afirmar que não tinha nenhum viés moralista, apenas queria saber se os grandes meios de comunicação sabiam desse fato e o por quê de não publicarem nada sobre o caso. O resultado foi muito interessante.
Mas o caso agora é outro. Na argentina um processo muito doloroso, porém necessário, está vindo à tona. Trata-se da luta das Mães da praça de maio, que lutam para descobrir fraudes em processos de adoção ocorridos durante o regime militar, no qual os adotados eram crianças seqüestradas, filhos de presos políticos mortos pelo regime militar. Esse tema foi tratado em um filme argentino brilhante chamado “a história oficial”, de 1985. A questão agora é que nada mais nada menos a dona do jornal Clarin está sendo acusada de ter participado de uma dessas fraudes, adotando uma criança que era filha de um militante torturado e morto pela ditadura. A história se arrasta há algum tempo, e em conluio com setores do judiciário o caso foi postergado até uma situação limite. As últimas notícias do caso dão conta de que a Câmara federal de San Martin ordenou que o juiz que toma conta do caso faça imediatamente o exame de DNA.








Dona do Clarín pode ter adotado filha de desaparecidos
Uma decisão judicial sobre um caso que se arrasta há anos pode expor o caráter criminoso das relações entre mídia e ditadura na Argentina. A fundadora do movimento Avós da Praça de Maio, Chicha Mariani, suspeita que a filha de Ernestina Herrera de Noble, dona do grupo Clarín, seja, na verdade, sua neta, Clara Anahí, cujos pais foram seqüestrados por militares em sua casa, em novembro de 1976. A Câmara Federal de San martín determinou a realização imediata de exames de DNA. O relato é do jornal Página 12.


para ler a matéria toda siga o link:

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Classe mé(r)dia

É hilária esta canção. Não pelo que ela tem de anormal ou exótico, mas justamente o contrário, pelo que ela tem de normal e verossimilhante. Creio que ela se refira a aquela classe média que há alguns meses atrás se manifestava através do movimento "cansei". Para quem não lembra ou nem sequer conheceu este movimento, o mesmo tinha como expoente figuras luminares da cultura brasileira, tais como: Francisco Dória Jr. (quem?), Ivete Sangalo e Regina Duarte, além de Hebe Camargo, é claro... e tinha como eixo de suas pregações o "cansaço" com relação aos desmandos do governo Lula.
Ouçam a canção de Max Gonzaga!!!




domingo, 3 de janeiro de 2010

Ricúpero e as parabólicas, lembram?

     Tão grave quanto as declarações de Boris Casoy, nas quais fica claro o pensamento de parte das elites brasileiras com relação às pessoas mais humildes, foram as declarações, em condições semelhantes, do então ministro da fazenda Rubens Ricúpero, em 1994. Na ocasião transcorriam as eleições presidenciais que levariam FHC a seu primeiro mandato. Evidenciava-se ali de forma irrefutável as relações promíscuas entre mídia e poder. Num determinado trecho o ministro diz a Carlos Monfort que ele era o grande eleitor de FHC, e que sua exposição na globo poderia e deveria acontecer para que se conseguisse mais votos para o candidato tucano. Curioso que no vídeo que você verão abaixo, o jornalista que fazia a matéria era nada mais nada menos que Boris Casoy. Que ironia, hein... Aliás, esse jornalista como legítimo membro do PIG (partido da Imprensa Golpista) fez todos os esforços para dourar a pílula e fazer crer que isso nada tinha a ver com o plano real, etc. etc. etc.


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O "jornalismo" de Boris Casoy é banal, antiquado e medíocre; não traz nada de novo ao telespectador, não estimula o raciocínio, não questiona. A única coisa que sai dali é aquele bordão ridículo e pseudomoralista, que, de forma oportuna, repetirei agora: Boris Casoy "É UMA VERGONHA!!!"

Fábio Amaral

Boris Casoy é uma vergonha! Preconceituoso, merece as penalidades previstas na Constituição Brasileira. Malvado e perverso, ele vai colher o que merece. Desculpa melada, deveria ser afastado do Partido da Imprensa Golpista - PIG. Sua meia-boca deveria ser calada para sempre, até mesmo no Inferno. Alma imoral, jamais deveria abrir a boca para falar a fedentina de sua linguagem em comentário:Isso é uma vergonha". Vivam os garís, morra o Casoy com seu falso jornalismo - poder sem ética.
Francisco de Andrade

Tese polêmica

A tese é polêmica, mas... vale a pena dar uma conferida no que diz a psicóloga francesa sobre o tema da infidelidade conjugal masculina. O que a psicóloga não explica é o fato de pesquisas recentes terem apontado que há um crescente índice de mulheres que declaram já ter tido algum tipo de relacionameto amoroso fora do casamento. Enfim...



Psicóloga francesa defende infidelidade masculina para ajudar o casamento

Para Maryse Vaillant, uma das mais famosas psicólogas do país, experiência é 'libertadora'.

  Uma das mais famosas psicólogas francesas causou polêmica ao defender, em um livro recém-lançado, que a infidelidade masculina é boa para o casamento. No livro "Les hommes, l'amour, la fidélité" ("Os homens, o amor, a fidelidade"), Maryse Vaillant diz que a maioria dos homens precisa de "seu próprio espaço" e que para eles "a infidelidade é quase inevitável".
  Segundo a autora, as mulheres podem ter uma experiência "libertadora" ao aceitarem que "os pactos de fidelidade não são naturais, mas culturais" e que a infidelidade é "essencial para o funcionamento psíquico" de muitos homens que não deixam por isso de amar suas mulheres.
  Para Vaillant, divorciada há 20 anos, seu livro tem o objetivo de "resgatar a infidelidade". Segundo ela, 39% dos homens franceses foram infiéis às mulheres em algum momento de suas vidas. 
"A maioria dos homens não faz isso por não amar mais suas mulheres, Pelo contrário, eles simplesmente precisam de um espaço próprio", diz a psicóloga.
  "Para esses homens, que são na verdade profundamente monógamos, a infidelidade é quase inevitável", afirma. Para Vaillant, os homens que não têm casos extraconjugais podem ter "uma fraqueza de caráter". "Eles são normalmente homens cujo pai era fisicamente ou moralmente ausente. Esses homens têm uma visão completamente idealizada da figura do pai e da função paternal. Eles não têm flexibilidade e são prisioneiros de uma imagem idealizada das funções do homem", afirma ela.