sábado, 10 de abril de 2010

ardi

 Numa reflexão sobre o acaso das coisas, fiquei pensando sobre o achado do que vem a ser o fóssil mais antigo da humanidade (há sites que falam em 4 milhões e outros em 2 milhões). Essa descoberta só aconteceu porque em uma certa ocasião, Ardi (é este o nome do Australopithecus sediba) e um outro indivíduo da mesma espécie devem ter caído na caverna, segundo os pesquisadores,  por um buraco e morreram, sendo levados para um lago subterrâneo por uma chuva. Lá, acabaram fossilizados juntos com vários outros animais encontrados no local, como um tigre-dentes-de-sabre, um antílope e um coelho, entre outros. Que charada essa hein! Um coelho, um tigre e um hominídeo...   Talvez trate-se de um exemplo de cadeia trófica, sei lá... o fato é que  o local impediu que predadores ou carniceiros chegassem até os corpos, permitindo que fossem preservados. A erosão das cavernas acabou por expor os fósseis. A posição dos esqueletos e seu estado de decomposição indicam que os dois indivíduos morreram ao mesmo tempo ou muito próximos um do outro. 



 Toda essa cena se deu em um lugar conhecido como o berço da humanidade, e fica onde hoje é a África do Sul (foto ao lado). 

Sociedad Cubana de Geografía

Na tentativa de combater o maniquísmo anti-democrático praticado sistematicamente pela grande imprensa nacional e internacional, publicamos abaixo um texto elaborado pelo Sociedade Cubana de Geografia. É muito interessante os números com relação à participação política em Cuba. Ao contrário do que se diz no PIG internacional (na tentativa de criar um consenso), os cubanos dão aula de democracia ao ocidente "democrático". E não tem essa de dizer que eles são obrigados, pois amigos que já estiveram lá afirmam que a participação é intensa mesmo e eles gostam e se orgulham muito disso. E essa participação, como mostra esse artigo, não é só de velhos revoucionários, não, é também de muita gente jovem.
 Repito que há muitas críticas possíveis ao governo cubano e, aliás, ao contrário do que se diz, lá mesmo essa crítica é feita. Quem não lebra do filme "morangos e chocolates", financiado pelo próprio governo cubano, que critica a intolerância homofóbica do regime cubano. 
 
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 Agradeço a amiga Kátia Paz que enviou essa colaboração.
 

Declaración de repulsa ante maniobra anticubana del Parlamento Europeo y de una minoría de lacayos a sueldos 
”… tenemos muchas más razones para  creer en  la Revolución, que para creer a sus detractores…”
Silvio Rodríguez,

La Sociedad Cubana de Geografía, es una asociación científica no gubernamental de geógrafos profesionales, especialistas, técnicos y personas con vocación autodidacta  afines, voluntaria y de carácter  nacional, independiente y consultiva en materia de las ciencias geográficas; que  tiene como  objetivo principal  desarrollar  el conocimiento geográfico de nuestro territorio y el de contribuir a propiciar  que nuestra sociedad se desarrolle  de manera sostenible.

La Sociedad Cubana de Geografía, al igual que nuestro pueblo trabajador, de la que somos parte indisoluble, denunciamos la resolución fabricada por los sectores más reaccionarios del Parlamentos  Europeo, que responde a los proyectos anticubanos financiados y organizados por los Estados Unidos de Norteamérica y grupúsculos de lacayos a sueldos.
La geografía de la verdadera democracia,  es la respuesta digna de nuestro pueblo a la feroz campaña mediática que por estos días ha sido orquestada contra nuestro país,  a través de los  resultados de la nominación de candidatos a delegados a las Asambleas Municipales del Poder Popular, concluida el 24 de marzo pasado.
Ø     Participación ciudadana en la asamblea de nominación    7 400 000 electores
Ø     Cantidad de  asambleas de nominación                                 50 907
Ø     Propuestos para candidatos  a delegados                             34 766
Ø      Más del 75 % de los nominados nacieron después de 1959.
Ø      Mujeres propuestas un 35.76%, muy superior al 28.93% logrado en el 2007, que refleja la tendencia gradual creciente registrada en la última década.
Ø      Negros y mestizos un 41.3%, se incrementa con respecto a otros  procesos y está en correspondencia con la composición  racial de la población.
Ø      Nivel educacional 87.3% tiene nivel medio superior y superior; se incrementa con relación al 83.8% del 2007
Ø      Delegados actuales que son nominados  para el nuevo periodo un 60.9%

La geografía humana o de la solidaridad, es la que aplica día a día Cuba en su colaboración internacional, por tal motivo, no es posible  acusar a un país, de violar los “Derechos Humanos”; cuando es Cuba uno de los países más comprometidos en salvar vidas humanas en el mundo en los últimos 50 años, veamos tal afirmación  a través de tres ejemplos:





TASA DE MORTALIDAD INFANTIL         .
EN LAS AMÉRICAS           
   (Países seleccionados)                                                  Ucrania         

Países
Tasa de Mortalidad

%
Cuba *
4,8
Canadá
6
Estados Unidos
7
Chile
7
Costa Rica
10
Uruguay
12
Argentina
15
México
15
Venezuela
16
Colombia
16
El Salvador
16
Brasil
18
Ecuador
21
Perú
22
Nicaragua
23
Paraguay
24
R. Dominicana
27
Guatemala
29
Haití
54

Fuente: Dirección Nacional de Estadísticas del MINSAP *

Fuente: UNICEF. Estado Mundial de la Infancia 2010


                                                                                   Unos 23 000 menores ucranianos han recibido    atención médica en el centro de rehabilitación cubano de Tarará para superar las secuelas del accidente nuclear más grave de la historia, ocurrido en 1986 en la planta nuclear de Chernóbil,  Jefe de Estado ucraniano, Víctor Yanukóvic, marzo 2010.


 Haití

 La colaboración con Haití no llegó con el terremoto, se realiza desde 1998. Cuando ocurrió el movimiento telúrico trabajaban allí 467 colaboradores de la salud, ellos sufrieron la tragedia en carne propia juntos a los haitianos, y de ellos partió la primera asistencia médica que recibió el pueblo. Hoy en Haití, la colaboración cubana se mantiene con 20 hospitales y 20 salas de rehabilitación todos  con equipamiento  de última tecnología. Hasta el 17 de marzo último habían atendido 227 143 pacientes y realizado 6 499 operaciones quirúrgicas. Un total de 39 574 personas fueron tratadas  en las salas de rehabilitación. Nuestro personal de la salud está integrado por 1 504  especialistas de ellos 546 graduados de la Escuela Latinoamericana de Medicina y 184 estudiantes haitianos de quinto y  sexto                                                                                                                         año de la misma escuela. Puerto Príncipe, Haití, 20 de marzo 2010.

Venezuela

                                                                                En sus casi siete años de existencia el programa de atención médica universal  y gratuita de Barrio Adentro, ha salvado en Venezuela un millón  605 224 vidas. La misión que nació en abril del 2003, pone ya al servicio de la población una red de salud, en función de la población de menos recursos económicos. Este programa está apoyado por 29 255 cooperantes cubanos, de ellos 11 332 doctores. Caracas, Venezuela, 26 de marzo 201.


Solamente estos ejemplos de desvelo de los Derechos Humanos en Cuba y para la humanidad;  justifican que cada día en los medios de comunicación y en la red de los EGALs, se pronuncien los verdaderos científicos, intelectuales y personas honradas del mundo, en apoyar el Llamamiento en “Defensa de Cuba”, realizado por nuestros hermanos mexicanos,  a los cuales  les damos las gracias en nombre del pueblo heroico de esta Isla, que resiste por casi 50 años un feroz bloqueo económico y financiero a 90 millas del país más prepotente e invasor  del mundo  Estados Unidos.



Enrique Rodríguez- Loeches Diez- Argüelles

              Presidente
                                                                      
                                                                  Carlos Alberto Alvarez González
                                                                                Secretario General


sexta-feira, 9 de abril de 2010

Literatura de Cordel na Fundação Casa de Rui Barbosa

A Fundação Casa de Rui Barbosa está colocando a disposição de forma digital, o seu acervo de literatura de cordel, bem como estudos, textos e bibliografia sobre o tema. É uma oportunidade excelente para professores e pesquisadores que desenvolvem atividades ligadas ao tema da litaratura de cordel. A Fundação possui um dos maiores acervos do Brasil com uma coleção composta de 8.000 folhetos de cordel e de obras sobre o tema, incluindo centenas de folhetos raros, dentre os quais a coleção do patrono da literatura de cordel, Leandro Gomes de Barros, representando um dos acervos mais ricos e organizados à disposição do público. Esse acervo foi reunido por meio da linha de pesquisa "literatura de cordel", a partir da década de 1960.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Do vinil ao cd, do cd ao vinil

DO VINIL AO CD, DO CD AO VINIL

 Por Ricardo Moreno



Primeiro foi aquele entusiasmo por um tipo de mídia que prometia a possibilidade de uma escuta sem estalos e sem ruídos: o cd. O áudio digital assegurava um som “clean”: um sonho para os melômanos. Depois, talvez 10 anos, foi aquela nostalgia. Uma saudade inquietante. Alguns, com argumentos mais técnicos, apontavam para uma desqualificação do cd: a compressão de determinadas freqüências – principalmente dos graves. Outros sentiam, e falavam francamente, da saudade pura e simples dos estalos e chiados que os vinis produziam. Reconheciam essa saudade quase como uma tara.
Durante algum tempo essa saudade era compensada com a aquisição de antigos lp’s e a revitalização de antigos sistemas de som: compra de pick-ups, busca por agulhas que fossem compatíveis, etc. Dizem que foi o Ed Mota um dos primeiros, entre os artistas, a se manifestar em favor dos antigos bolachões. O fato é que essa saudade pressionou de tal forma a indústria, que novos tocadores de vinil foram sendo fabricados, e hoje, por exemplo, existem toca-discos com saída USB e RCA fabricados especialmente para que se possam digitalizar os lp’s. Atualmente um aparelho desses custa menos do que R$ 500,00.
Se o primeiro passo foi a fabricação dos aparelhos de tocar lp, não tardaria a aparecer os fabricantes dos próprios lp’s. Em março desse ano saem os primeiros álbuns da nova fase da Polysom, única fábrica de vinis em funcionamento no Brasil. Os artistas contemplados para essa nova fase do disco no Brasil foram as bandas Nação Zumbi e Cachorro Grande, e as cantoras Pitty e Fernanda Takai. Reparem que todos esses artistas escolhidos para a primeira leva são artistas identificados com um público mais jovem e de classe média. Ainda é cedo para sabermos sobre o sucesso comercial dessa empreitada. É esperar e ver.
Mas para além das questões técnicas e comerciais da volta do lp, é possível, eu creio, uma análise de outro ponto de vista: o simbólico. Na década de 1960 um sociólogo francês chamado Jean Baudrillard escreveu um livro chamado “o sistema dos objetos”. Nesse livro o autor analisa o modo como nos relacionamos com os objetos para além do simples uso que fazemos deles. Somos, alguém já disse, seres do símbolo, e como tal, não há atividade humana sem desdobramentos simbólicos.
Nessa perspectiva, afirma Baudrillard, o retorno de objetos antigos não é um acidente do sistema, pois o que ele perde em funcionalidade, ganha do ponto de vista do mito que representa. O antigo não é meramente “afuncional” ou simplesmente decorativo, mas cumpre o papel de significar o tempo. O objeto antigo tem um estatuto psicológico especial, pois da mesma forma que grupos ou sociedades subdesenvolvidas tentam adquirir objetos “modernos” por conta dos mesmos simbolizarem o que é novo e distinto, há uma tendência dos “contemporâneos” de buscarem simbolicamente o antigo. Baudrillard acrescenta que dessa forma a ilusão de domínio que temos sobre o objeto transforma sua funcionalidade em virtude. Torna-se um signo. Sendo assim, conclui, “o que falta ao homem se acha investido no objeto”.
Será que ocorreu essa nostalgia quando outras mudanças de mídia aconteceram? Será que houve saudade quando se deu a mudança do disco de 78 rotações por minuto para o lp?
A produção de lp no Brasil tem início na década de 1950, mas se desenvolve com força na década seguinte. É sintomático que esta produção esteja identificada justamente com um momento de ouro da música popular brasileira. O que hoje entendemos como MPB tem início justamente com a expansão do lp no Brasil. Pode ser que simbolicamente haja uma nostalgia de um tipo de produção musical. Uma saudade de um tempo que forçosamente não pode mais voltar, a não ser simbolicamente. Esta volta só pode acontecer com a abolição do tempo que intermedia o ontem e o hoje. O culto do disco de vinil cumpriria assim o sentido de um fetiche (objeto material ao qual se atribuem poderes mágicos ou sobrenaturais) capaz de “magicamente” abolir o tempo e nos reintegrar, ainda que psicologicamente, num passado irremediavelmente perdido.




segunda-feira, 5 de abril de 2010

FHC: o neoliberalismo dos Jardins

FHC: o neoliberalismo dos Jardins
por Emir Sader

 O tamanho da vaidade de FHC parece ser o maior adversário de seus correligionários de partido e ex-colegas de governo, que tentam esconder ele e seu governo. Ele não agüenta ver seu governo atacado e não contar com ninguém que o defenda – como aconteceu no segundo turno de 2006. Se deram conta que aceitar a comparação entre os dois governos – o de Lula e o de FHC – é o caminho seguro da derrota. Não convidaram FHC para a cerimônia de saída de Serra do governo de São Paulo, o excluíram do lançamento da candidatura presidencial e pretendem mantê-lo - ele e seu governo - fora da campanha, conscientes de que ele é o melhor promotor da campanha da Dilma.

Tem razão os que o querem esconder. Ele saiu do governo derrotado, fracassado, tornou-se o político de maior rejeição, não se atreve a candidatar-se a nada, cada vez que fala, o apoio ao governo Lula e à sua candidata aumenta. Às vezes quer retomar um ar de intelectual, que ele um dia foi, mas as besteiras teóricas que diz ganham um ar empolado, passando a ser besteiras empoladas.

Agora pretende alertar sobre o risco do Brasil se tornar uma China. Claro, para quem tentou abolir o tema do “desenvolvimento”, o crescimento chinês é um acinte. Para quem acreditava que já havíamos chegado a um tal nível de desenvolvimento econômico – tomando o capitalismo dos Jardins paulistanos -, bastaria eliminar o desenvolvimento e colocar no seu lugar a “estabilidade”. Para quem está por cima, poderia ser bom parar onde estavam. Danem-se os “inimpregáveis”, segundo suas próprias palavras, a grande massa pobre e miserável, para quem nunca pretendeu governar.

Volta com seu “trololó” – segundo a linguagem de seu candidato, já derrotado em 2002 – do “capitalismo de Estado”. Esse já foi o mote de FHC para tentar salvar de responsabilidade os grandes empresários privados no Brasil, nacionais e estrangeiros, que enriqueceram como nunca na ditadura militar, lucrando com o regime de terror, de tortura, de desaparecimentos, de fuzilamentos. Seu enriquecimento foi a lógica dentro daquela loucura – segundo a frase de Shakespeare.

FHC dizia que os setores hegemônicos na ditadura militar não eram os capitalistas privados, mas o “capitalismo de Estado”. Haveria uma classe dominante na Petrobrás, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, na Vale do Rio Doce. Esses seriam os inimigos da democracia, e não os militares, o governo dos EUA, o grande empresariado privado, os donos da mídia privada. Não. Esses seriam agentes da democracia, prefeririam a democracia à ditadura.

Absolvia assim os grandes vencedores da ditadura, os que acumularam riquezas como nunca em um regime que, imediatamente após o triunfo do golpe, decretou intervenção em todos os sindicatos e arrocho salarial. O sonho de todo grande empresário: sem movimento sindical organizado para defender os interesses dos trabalhadores e formalização da proibição de qualquer aumento salarial. E vem o ex-presidente e ex-sociólogo dizer que os grandes empresários nacionais e estrangeiros preferem a democracia. Não se viu nenhum deles protestar contra a repressão aos sindicatos, nem contra o arrocho salarial.

E, para completar o servicinho de dar uma teoria “democrática” para a transição sem ruptura, a favor do grande empresariado, FHC passa a criminalizar o Estado. Este abrigaria o maior inimigo. Os militares? Não. As empresas estatais, tornando-se um neoliberal precoce.

Tanto assim que FHC diz que democratizar seria desconcentrar o poder econômico em torno do Estado e o poder político em torno do executivo. Nisso consistia sua aclamada – pelos seus cupinchas – “teoria do autoritarismo”, que nem se atrevia de chamar as coisas pelo seu nome: ditadura e não autoritarismo. Um neoliberalismo “avant la lettre”, como ele gostaria de falar, com o seu pé na cozinha (francesa, como ele esclareceu posteriormente).

Agora FHC tenta novo brilhareco, contra a opinião dos seus correligionários (nas palavras de uma de suas tantas viúvas nas imprensa, tratado como genro que a família quer esconder, porque só comete gafes, que favorecem o inimigo ), francamente na onda anticomunista. Já tinha apelado para o “sub-peronismo”, para a denúncia do papel dos sindicatos no governo, agora ataca o desenvolvimento da China. Prefere seu neoliberalismo dos Jardins, aquele que quebrou o país três vezes no seu governo, que levou a taxa de juros – que seu candidato considera que hoje é alta, - a 48%, sem que este tenha protestado. Que fez o Brasil entrar em uma profunda e prolongada crise, de que só saiu no governo Lula.

Que se valeu da maioria que tinha no Parlamento e de ser o queridinho da imprensa, que não denunciou nenhum dos tantos casos de corrupção do seu governo, para mudar a Constituição na vigência do seu mandato – com votos evidentemente comprados – para ter um segundo mandato.

Triste figura a do FHC. Rejeitado por seus correligionários, considerado como alavanca para a oposição pela rejeição que sofre do povo brasileiro, funciona como clown, como personagem folclórica, lembrança de um passado que o governo luta para terminar de superar e a oposição para tentar esquecer e apagar da recordação dos brasileiros. Escondido pelos seus, repudiado pelos seus adversários, enterrado em vida pelos seus, tomado como anti-exemplo por seus adversários.

O governo Lula só pôde ter sucesso, porque virou a página do governo FHC e retomou as melhores tradições nacionais, populares e democráticas do Brasil, a começar pela de Getúlio Vargas, que FHC quis enterrar. Que hoje, pateticamente, não tem ninguém que o defenda e todos o rejeitem. Repúdio popular é isso aí, o que sofre FHC, de forma merecida.

domingo, 4 de abril de 2010

NOVA PESQUISA VOX POPULI DESMASCARA DATAFOLHA

  Vox Populi: Dilma sobe cinco pontos entre janeiro e março, atinge 31% das intenções de voto e encosta em Serra, que fica parado nos 34%.


  A cada pesquisa que sai vai ficando mais difícil de dar certo as previsões do diretor do Ibope, Carlos Alberto Montenegro - aquele mesmo do Botafogo (que aliás perdeu e foi eliminado pelo meu Santa Cruz)-, de que Lula não conseguiria eleger seu candidato. Não sei de onde ele tirou isso, mas o fato é que a cada pesquisa a diferença vai diminuindo. Há poucas horas atrás saiu uma pesquisa do Vox Populi dando conta de que mais uma vez a diferença caiu. Dilma sobe cinco pontos entre janeiro e março, atinge 31% das intenções de voto e encosta em Serra, que fica parado nos 34%. O resultado do Vox Populi colide frontalmente com a tendência apontada pelo Datafolha em 27 de março, quando o instituto da família Frias atribuiu um súbito crescimento de 9 pontos ao candidato demotucano, chegando a 36%, enquanto Dilma oscilava negativamente, de 28% para 27%. 
  É possível que mais do que em outras eleições a manipulação das pesquisas torne-se parte integrante da campanha. Uma campanha que promete rivalizar com a de 1989, momento em que a imprensa brasileira agiu sistematicamente como um partido político. A novidade é que ao contrário daquela época, hoje os integrantes da grande mídia dizem, ainda que entres seus pares, que vão mesmo agir contra um  dos projetos político. Não foi outra coisa o que fez a Sra. Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva da Folha de S.Paulo, quando disse textualmente que "obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada". Mais uma vez repito aqui neste blog: isso é de uma ignomínia completa. Mesmo os meios de comunicação que não são concessão, como no caso dos jornais impressos teriam que fazer como fez a Carta Capital, que dizia abertaente que apoiva Lula nas Eleições. Eles continuam tentando vender ao grande público que agem de forma isenta.
  Essa pesquisa também desmascara aquela montagem feita pela Folha de São Paulo e seu Datafolha, quando deram ao candidato tucano uma vantagem de 9 pontos. Vários blogs de informação já estavam cantando essa pedra, afirmando que as pesquisas seguintes iriam contradizer a pesquisa da Folha.