sábado, 27 de março de 2010

Marina Silva e o criacionismo

A candidata Marina Silva tem uma história de vida muito bonita, mas, é bom que se diga, não é só isso que credencia um candidato a assumir um cargo eletivo. Mais ainda quando esse cargo é o de presidente da república. A ex-ministra tem se esforçado para se mostrar como opção viável ao PT e ao PSDB, mas parece que seu caminho tem sido o de caminhar mais e mais para a direita do espectro partidário. Recentemente ela recebeu a adesão de Eduardo Gianetti, economista muito identificado com o PSDB, e consta em seus discursos (ou de seus colaboradores)expressões tais como "enxugar o estado", e outras tão ao gosto dos chamados "neo-liberais". Recentemente até, suas propostas foi chamada de "liberalismo sustentável". Enfim... ela tenta se livrar dessa imagem, como também tenta se livrar da imagem de criacionista. Mas vejam esse video feito em um congresso criacionista no qual Marina esclarece sua posição no debate. Ela chega a dizer que a ciência deveria dar a mesma acolhida às teses criacionistas, que os religiosos dão ao discurso científico.

4 comentários:

  1. Eita! Esse post eu não poderia deixar de comentar. Eu também tinha uma visão de que o criacionismo era tão valioso quanto uma simpatia de são joão até que um biólogo ateu me falou que, do ponto de vista científico, tanto o criacionismo quanto o evolucionismo deixam questões em aberto. Para ele nenhuma das explicações pode ser comprovada sem dúvidas e que, portanto, são igualmente prováveis.
    Agora é um fato que acreditar no evolucionismo é "cool" em nossa sociedade humanista e acreditar no criacionismo é reconhecer-se personagem do "mundo encantado" da religião.

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  2. Eu também não poderia deixar de comentar esse post! Mesmo assim deixei, pelo menos quando ele ainda estava em evidência no blog. Quando vi suas palavras Ricardo, me senti em "A Roupa do Rei". Concordo com o Newton, torna-se constrangedor pertencer ao mundo encantado da religião.
    Porém, isso não impede em nada realizar um bom governo, mesmo que esse não seja o caso da Marina Silva. Esse tipo de argumentação era muito comum antes do Lula chegar a presidência. "A candidata Marina Silva tem uma história de vida muito bonita, mas, é bom que se diga, não é só isso que credencia um candidato a assumir um cargo eletivo. Mais ainda quando esse cargo é o de presidente da república." É só trocar o nome Marina pelo do atual presidente, encontraremos como arquivos de manchetes dos anos 90. Eleger um metálurgico analfabeto iria acabar com o Brasil!
    Pelo respeito que tenho a esse blog, espero mais seriedade nos comentários aos candidatos à presidência.

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  3. Querida Débora,
    De fato o que credenciou Lula a chegar a presidência não foio fato de ele ser um retirante nordestino. Isso apenas dava a ele um peso simbólico muito grande. O que o credibilizou foi o conjunto de forças e ideias políticas que a ele se associaram. E isso não acontece com a Marina. A Marina lembra muito a Benedita no Rio de Janeiro: "mulher, negra e favelada". Claro que Marina é mais que isso, e tem mais estofo que a Benedita, mas sua declarações e seus "ajuntamentos" revelam uma tendência "eco-liberal", ou um neoliberalismo verde. BAsta ver as expressões utilizadas pelos seus apoiadores. Coisa do tipo: "enxugar o estado" e outros termos tão ao gosto dos que até pouco tempo falavam em estado mínimo.
    É isso!

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  4. Achei que não ia p/ top five... rsrs


    Não disse que ser retirante o credenciou, pelo contrário, foi muito usado contra ele esse fato. Achei pertinente suas observações quanto as "expressões" usadas pela candita. Disse inclusive que Marina pode não ser uma boa opção. Entretanto, o título do post é "Marina Silva e o criacionismo", me parece também, que o título no youtube é Marina e a religião,logo o assunto gira em torno do credo dela. A Constituição Federal garante(rs!) essa liberdade. Penso que quando ela fala em "acolhida", está questionando esse ar pejorativo que o próprio entrevistador menciona estar presente na mídia.
    Voto no Lula desde os 16 anos, como você disse, pelas suas ideias políticas, INDEPENDENTE de suas convicções ou não convicções religiosas.


    Disse tudo! Juro! rs

    Bjo...

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