quinta-feira, 11 de março de 2010

globalização

Em tempos de globalização acelerada é possível pensar que o mundo tende a uma hibridização cultural em larga escala. Talvez este seja um raciocício ingênuo. Na outra margem, encontramos uma linha de pensamento que aponta para uma fratura cultural e a concomitante formação de blocos culturais que irão por fim se degladiar: o "choque das civilizações", expressão cunhada por Samuel Huntington. Uma das novidades trazidas por esta teorização é o deslocamento do "motor da história", pois este deixaria de ser econômico, como queria Marx, para ser cultural. Na concretude das coisas vivas pode até ser que as duas teses não se excluam. Sei lá! De todo modo, a imagem ao lado é muito interessante por lembrar ao xenófobos, que a dinâmica cultural tende a se hibridizar sempre. O sistema-mundo-moderno-colonial, expressão do Milton Santos, foi criado para atender as expectativas de acumulação do capital, mas, independente das intenções dos seus formuladores, ele traz nas suas margens a tendência demasiado humana de juntar, aglutinar e produzir sínteses. e segue a vida...

Nenhum comentário:

Postar um comentário