Em agosto passado foi comemorado o aniversário de 50 anos da Rede da Legalidade, episódio este da maior importância da história recente do Brasil. Apesar de sua grande envergadura ele não é muito falado e grande parte dos brasileiros não têm notícia do que efetivamente se deu naquele ano de 1961. Importante também é perceber o papel desempenhado pelos então atores da cena histórica. Estava lá, naquele momento, a odiosa figura de Tancredo Neves, cuja herança política se encontra hoje nas mãos de seu neto Aécio Neves. Tancredo conspirou como pode em favor dos interesses reacionários na época, agindo como porta-voz dos militares golpistas, que por sua vez agiam - como depois ficou evidenciado no golpe de 64 -, sintonizados com os interesses estadunidenses. Tancredo tinha pretensões de se tornar o primeiro-ministro num parlamentarismo que esvaziaria o poder do presidente João Goulart. Os militares golpistas fizeram o que foi possível para em 1961 impedir sua posse, mas a rede da legalidade liderada por Brizola foi um impedimento não previsto pelos golpistas.
Em 1985 lá estava de novo Tancredo fingindo ser um dos articuladores das diretas, quando na verdade articulava para ser o presidente numa eleição indireta. Conseguiu o que queria, mas o destino lhe roubou o cetro. Ganhou mas não levou.
Segue abaixo um documentário sobre a rede da legalidade em dois capítulos. Vejam:
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