Da mesmo forma que as redes sociais e as tecnologias midiáticas de um modo geral possibilitam o que alguns pensadores têm chamado de tecno-democracia, é preciso também estar atento ao que poderíamos chamar de tecno-controle. Este é um tema que sem dúvida irá gerar muita reflexão nas ciências sociais. Há tempos atrás publiquei aqui um pequeno texto sobre o "neuromarketing", que também é uma tendência contemporânea que aponta para a utilização de conhecimentos para o controle das pessoas, mas voltado para as relações de consumo. Talvez o "neuromarketing" esteja inscrito dentro daquilo que o filósofo Michel Foucault chamou de biopolítica.
Acabei de ler uma pequena matéria sobre uma site chamado "matcha" (matcha.tv), cujo propósito é o de indicar filmes aos seus clientes a partir de um conjunto de informações que ele obtém a partir das pistas que o usuário deixa na web. Em princípio é uma utilização banal e sem maiores desdobramentos, mas pense-se nas utilizações possíveis deste mesmo procedimento para finalidade outras...
As novas plataformas tecnológicas são isso mesmo, espaços abertos para disputas de várias ordens, e não é possível pre-dizer o que vai acontecer. Mas acima de tudo é preciso estar atento aos desdobramentos possíveis e para, numa perspectiva ativista-militante, impedir, como disse brilhantemente a professora e pesquisadora Lucia Santaella (autora de um livro fantástico chamado "culturas e artes do pós-humano): "é preciso impedir que o grande capital colonize o futuro".
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domingo, 19 de junho de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
Polêmica sobre o livro da discórdia e o poeta Zé da Luz...
A associação Brasileira de Linguistas, ABRALIN, produziu em texto em resposta a toda essa controvérsia em torno do livro "Por uma vida melhor" da coleção Viver http://www.abralin.org/noticia/Did.pdf. Foi sem dúvida uma resposta técnica, lúcida e tranquila aos ataques histéricos (como diz a carta) de uma camada social que supostamente defende os interesses da língua portuguesa. Sem querer, muitas dessas pessoas foram, ao meu ver, instrumentalizadas a defender os "falares" da casa-grande. Este foi o caso do senador Cristóvam Buarque e também da ABL. Mas o que se pode esperar de uma instituição que institui José Sarney e Roberto Marinho como imortais da literatura brasileira.
Aproveitando a ocasião gostaria de dizer que toda essa discussão me fez lembrar de um texto de um poeta "inculto". Dizem que esse poeta, Zé da Luz (nome bastante sugestivo) manifestou seu desejo de escrever um poema. Aí lhe disseram que poesia era coisa pra gente que sabe escrever; que conhece bem a língua, e não para um matuto que nem ele, Zé da Luz. Então Zé, do baixo de sua condição de iletrado, teria composto essa jóia que segue abaixo. Reparem como na sua linguagem "errada" ele constrói uma beleza de poema repleto de "fanopeia*", "melopeia*" e "logopeia*", tal como sugere Ezra Pound em seu "ABC da literatura".
AI SE SESSE
(Zé da Luz)
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse.
Fanopeia - Projetar o objeto (fixo ou em movimento) na imaginação visual.
Melopeia - Produzir correlações emocionais por intermédio do som e do ritmo da fala.
Logopeia - Produzir ambos os efeitos estimulando as associações (intelectuais ou emocionais) que permaneceram na consciência do receptor em relação às palavras ou grupos de palavras efetivamente empregados.
Extraído do livro "ABC da literatura" de Ezra Pound.
Aproveitando a ocasião gostaria de dizer que toda essa discussão me fez lembrar de um texto de um poeta "inculto". Dizem que esse poeta, Zé da Luz (nome bastante sugestivo) manifestou seu desejo de escrever um poema. Aí lhe disseram que poesia era coisa pra gente que sabe escrever; que conhece bem a língua, e não para um matuto que nem ele, Zé da Luz. Então Zé, do baixo de sua condição de iletrado, teria composto essa jóia que segue abaixo. Reparem como na sua linguagem "errada" ele constrói uma beleza de poema repleto de "fanopeia*", "melopeia*" e "logopeia*", tal como sugere Ezra Pound em seu "ABC da literatura".
AI SE SESSE
(Zé da Luz)
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse.
Fanopeia - Projetar o objeto (fixo ou em movimento) na imaginação visual.
Melopeia - Produzir correlações emocionais por intermédio do som e do ritmo da fala.
Logopeia - Produzir ambos os efeitos estimulando as associações (intelectuais ou emocionais) que permaneceram na consciência do receptor em relação às palavras ou grupos de palavras efetivamente empregados.
Extraído do livro "ABC da literatura" de Ezra Pound.
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domingo, 27 de fevereiro de 2011
Caetano e Gil em lados opostos sobre questões da gestão cultural
Estava demorando que viesse a público algumas divergências entre dois importantes artistas da música popular brasileira: Caetano Veloso e Gilberto Gil. A questão está situada na nova lei de direito autoral. Gil acredita que com os novos aportes tecnológicos não é mais possível se pensar em uma configuração legal de um tempo pré-internet, e do outro lado Caetano diz "ninguém toca em um centavo dos meus direitos autorias", fincando pé em antigas fórmulas de vínculo entre autor e obra.
No meu entender o que acontece é que esse pessoal da elite da música popular brasileira, que tanto produziu para a glória de nosso cancioneiro, não se dá conta, como apontou o próprio Gil há um tempo atrás, que faz parte de uma elite, sim, e isso não é por princípio uma coisa do “mal”. Mas o que acontece é que eles estão parececendo aqueles “ludistas” do tempo da revolução industrial, que vivia quebrando máquinas porque estas iriam tirar os empregos de parte dos trabalhadores. E ia mesmo, pois estava havendo uma reconfiguração dos padrões de produção. Uma nova plataforma tecnológica colocava as coisas em outro patamar. Agora é isso que está acontecendo e a elite não se dá conta. O que fazer?? Repactuar novas leis, novos arranjos legais, etc. como propõe Gil, e não ficar optando por ações repressivas, que é isso que em última instância poderá acontecer caso se insista nas antigas formas de gerir a produção cultural. Gil está correto, e não é verdade que ele está deslumbrado com a internet. É Caetano e seus colegas que não se tocaram ainda das novas configurações em curso. Saúdo mais uma vez o ex-ministro e grande artista Gilberto Gil.
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Artigo de Marcus Preto para a FSP
Parceiros na criação do movimento tropicalista, em 1967, os dois acabaram se tornando, nas últimas semanas, símbolos da polarização de opiniões dos artistas da MPB na discussão em torno da lei de direito autoral.
Em 20 de janeiro, a ministra Ana de Hollanda retirou o selo Creative Commons do site do MinC, colocado na gestão de Gil (2003-2008).
As licenças Creative Commons tornam mais flexível o uso de obras artísticas (como liberação prévia para uso em blogs ou remixes), em contraposição ao “copyright” (no qual o artista precisa autorizar caso a caso).
De um lado do ringue, Gil entende que as flexibilidades das licenças CC estão mais de acordo com a era digital, com o mundo pós-internet.
Do outro lado, Caetano, apoiado pela maior parte dos compositores que entraram na discussão –Roberto Carlos, Joyce, Jorge Mautner e outros– se posicionou contra as CC, dizendo que “ninguém toca em um centavo dos meus direitos autorais”.
Em seguida, Gil criticou os opositores às CC de não levarem o diálogo para “uma dimensão esclarecedora”.
Procurado pela Folha no começo da semana passada, Caetano disse, por e-mail, que vestia a carapuça tecida pelo velho companheiro.
“Visto. Mas não me causa incômodo”, disse. “Eu não teria tocado no tema se a discussão, que o ministério Gil trouxe para dentro da política oficial, não me parecesse atraente e inevitável.”
STATUS QUO
“Pois está na hora de ele tirar a carapuça”, rebateu Gil, na quarta-feira passada, depois de fazer um show para internet. “De encarapuçados não precisamos. Todos têm que estar com suas feições claras, nítidas, à mostra, dizendo o que acham.”
E seguiu. “Foi sempre assim: os que defendem o novo têm que ter argumentos mais nítidos. Os que reagem, porque estão defendidos pelo status quo, não precisam disso, precisam apenas reagir.”
A reportagem retomou o assunto com Caetano, no dia seguinte. O músico chamou a paixão de Gil pelos avanços tecnológicos de “um pouco fascinada demais, tendendo para deslumbrada”.
“Gil escreveu [a canção] ‘Pela Internet’, mas, diferentemente de mim, não é uma pessoa de internet. Não é muito familiarizado, não anda muito nem no e-mail. Ele gosta mais é da ideia.”
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
Brigam Espanha e Holanda...
Tem uma música de Milton Nascimento sobre um texto de Leila Diniz que fala justamente da guerra entre Holanda e Espanha. Quer dizer, não sei se o texto se refere a guerra entre os dois países. Aliás eu nem sabia que tinha havido guerra entre eles, achava que era apenas uma forma poética de dizer que enquanto uma certa visão de mundo faz a guerra para obter poder sobre um outro, uma outra visão afirma que as coisas "pertencem" a quem as amam. Seja como for, em tempo de disputa futebolística (que é sem dúvida uma sublimação da guerra) eu recordei desse canção. Diz a letra:
Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar.
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar.
Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar.
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Um sonho de Gilberto Gil
A propósito da discussão em torno dos novos papéis da cultura, que tratei no texto "cultura em novos cenários", há uma canção do Gilberto Gil da década de 1970, que desenvolve muito bem esse tema. A canção chama-se "um sonho", e a ouvi pela primeira vez numa gravação primorosa do quinteto violado. Aliás o Lp que contém essa canção é uma obra primorosa. O seu título é "Pilogamia do baião". Não, caro leitor, não me equivoquei na digitação. O título é esse mesmo, e não adianta procurar no "Aurélio", pois trata-se de um dos tantos neologismo criado pelo poeta-visionário-místico Zé Limeira, o poeta do absurdo. Dizem que o Zé Limeira é uma invenção do jornalista Orlando Tejo, mas isso já é outra história...
Segue abaixo o texto no qual eu faço uma pequena análise da letra:
Há uma canção de Gilberto Gil dos anos 1970, que expressa bem as discussões em torno dos valores modernos (industriais) e pós-modernos (Pós-industrais). Ela chama-se “um sonho”. Diz a letra:
Eu tive um sonho
Que eu estava certo dia
Num congresso mundial
Discutindo economia.
Argumentava
Em favor de mais trabalho,
Mais emprego, mais esforço,
Mais controle, mais-valia.
Falei de pólos
Industriais, de energia,
Demonstrei de mil maneiras,
Como que um país crescia
E me bati
Pela pujança econômica,
Baseada na tônica
Da tecnologia.
Apresentei
Estatísticas e gráficos
Demonstrando os maléficos
Efeitos da teoria,
Principalmente,
A do lazer, do descanso,
Da ampliação do espaço
Cultural, da poesia.
Disse por fim,
Para todos os presentes,
Que um país só vai pra frente,
Se trabalhar todo dia.
Estava certo
De que tudo o que eu dizia
Representava a verdade
Pra todo mundo que ouvia.
Foi quando um velho
Levantou-se da cadeira
E saiu assoviando
Uma triste melodia,
Que parecia,
Um prelúdio bachiano,
Um frevo pernambucano,
Um choro do Pixinguinha.
E no salão,
Todas as bocas sorriram,
Todos os olhos me olharam,
Todos os homens saíram,
Um por um, um por um, um por um, um por um.
Fiquei ali,
Naquele salão vazio,
De repente senti frio,
Reparei: estava nu.
Me despertei,
Assustado e ainda tonto,
Me levantei e fui de pronto
Pra calçada ver o céu azul.
Os estudantes
E operários que passavam
Davam risada e gritavam:
"Viva o índio do Xingu! "Viva o índio do Xingu! Viva o índio do Xingu! Viva o índio do Xingu! Viva o índio do Xingu!"
Que eu estava certo dia
Num congresso mundial
Discutindo economia.
Argumentava
Em favor de mais trabalho,
Mais emprego, mais esforço,
Mais controle, mais-valia.
Falei de pólos
Industriais, de energia,
Demonstrei de mil maneiras,
Como que um país crescia
E me bati
Pela pujança econômica,
Baseada na tônica
Da tecnologia.
Apresentei
Estatísticas e gráficos
Demonstrando os maléficos
Efeitos da teoria,
Principalmente,
A do lazer, do descanso,
Da ampliação do espaço
Cultural, da poesia.
Disse por fim,
Para todos os presentes,
Que um país só vai pra frente,
Se trabalhar todo dia.
Estava certo
De que tudo o que eu dizia
Representava a verdade
Pra todo mundo que ouvia.
Foi quando um velho
Levantou-se da cadeira
E saiu assoviando
Uma triste melodia,
Que parecia,
Um prelúdio bachiano,
Um frevo pernambucano,
Um choro do Pixinguinha.
E no salão,
Todas as bocas sorriram,
Todos os olhos me olharam,
Todos os homens saíram,
Um por um, um por um, um por um, um por um.
Fiquei ali,
Naquele salão vazio,
De repente senti frio,
Reparei: estava nu.
Me despertei,
Assustado e ainda tonto,
Me levantei e fui de pronto
Pra calçada ver o céu azul.
Os estudantes
E operários que passavam
Davam risada e gritavam:
"Viva o índio do Xingu! "Viva o índio do Xingu! Viva o índio do Xingu! Viva o índio do Xingu! Viva o índio do Xingu!"
Esta letra, que tem estrutura poética semelhante ao côco nordestino (estrofes de 4 versos com o primeiro contendo 4 sílabas e os restantes com 7), apresenta o relato de um sonho ocorrido ao eu lírico. Não é revelada a posição ideológica do mesmo, mas no sonho ele assume a posição “moderna” - industrialista-burguesa. Estando ele num congresso de economia, defende a criação de mais emprego, mais esforço e defende a mais-valia. Tudo isso através da criação de indústrias, de pólos de energia, isto sim, signos de desenvolvimento e prosperidade. O crescimento, dessa forma, viria da tecnologia, entendida aqui, como tecnologias tradicionais: máquinas (signo moderno).
O discurso racionalista (estatísticas e gráficos) não poupava os signos do atraso: o lúdico, o lazer, o descanso e o “espaço cultural da poesia”. Só o trabalho (o país só vai pra frente se trabalhar todo dia) pode gerar a riqueza e a acumulação que se deseja. Inebriado pelo seu próprio discurso, o orador não se dava conta do anacronismo e inadequação do seu discurso (estava certo de que tudo que eu dizia representava verdade pra todo mundo que ouvia). Só se apercebe quando um velho levanta-se da cadeira e sai assobiando. Notem que contra o discurso lógico-racionalista do defensor da “pujança econômica”, se opõe matreiramente uma atitude não discursiva, mas cheia de significados. Com seu gesto lúdico (sair assoviando) o velho desarma toda a racionalidade e verborragia do orador. E não é qualquer coisa que o velho assovia.
A indefinição da melodia, que está entre um prelúdio bachiano, um frevo pernambucano ou um choro de Pixinguinha, produz um arco de solidariedade entre a cultura popular e erudita. A música, como contra-discurso, desestabiliza o discurso lógico racional. A ação do velho (emblematicamente um portador da tradição) é devastadora para o orador, que repentinamente se vê nu (o rei está nu). Ato contínuo ele é exposto ao ridículo e todas as bocas sorriem, todos os olhos o olham, e todos os homens se retiram... ele fica só e sente frio. E agora José? Nesse momento ele acorda assustado e vai para a calçada ver o céu. Nas ruas a cena que ele vê parece que continua a reforçar o contra-discurso iniciado pelo velho. O que ele vê ainda lhe parece insólito. Jovens estudantes e operários gritam entre risadas: “viva o índio do Xingu”. O índio aqui pode ser entendido como o antípoda da mentalidade industrialista, um signo macunaímico (ai, que preguiça).
Nesta canção Gilberto Gil realiza sinteticamente a discussão em torno do moderno e do pós-moderno no sentido que atribuímos aqui. E é sintomático que a frente do Ministério da Cultura, Gil seja um aguerrido defensor dos novos papéis da cultura nos novos cenários que se configuram na contemporaneidade.
Nesta canção Gilberto Gil realiza sinteticamente a discussão em torno do moderno e do pós-moderno no sentido que atribuímos aqui. E é sintomático que a frente do Ministério da Cultura, Gil seja um aguerrido defensor dos novos papéis da cultura nos novos cenários que se configuram na contemporaneidade.
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