O título acima parece aquelas brincadeiras de falar português com sonoridade japonesa, mas não é nada disso. Trata-se de um maravilhoso projeto de inclusão digital realizado por um chefe de departamento de uma grande empresa de telecomunicações da Índia. Parece que o que anima esse pesquisador é a ideia de que a inclusão digital não é aquele superfluo que todos têm que ter acesso, mesmo os pobres. Não! Não é isso! Penso que ele está afinado com um conjunto de pensadores contemporâneos que acreditam que a internet, ou o "ciberespaço" está criando uma nova etapa do desenvolvimento humano, assim como, as tecnologias da oralidade, a escrita, o alfabeto, a imprensa, etc... A "cibercultura" é vista por esses pensadores como capaz de engendrar novos modos de pensar e de sentir.
A professora Lucia Santaella diz uma coisa interessante no seu livro "culturas e artes do pós-humano". Ela analisa que o ciberespaço será, ou já está sendo, disputado pelo grande capital no sentido de reproduzir ali as mesmas (e ainda outras) clivagens já realizadas no mundo não virtual. Mas também afirma que os artistas, intelectuais, professores e outros devem entrar nessa disputa tentando impedir que eles (o capital) "colonize o infinito".
Vejam o video:
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