A diplomacia brasileira representa hoje uma das poucas chances de interlocução do Irã com o mundo ocidental. E olha que sem essa interlocução talvez as coisas sejam bem piores. Mesmo assim há aqueles (e não são poucos) que acham que Lula não deveria dialogar com quem manipula eleições, ou com quem construir uma bomba atômica. Agora uma coisa é engraçada: ninguém acharia de bom tom que o governo brasileiro não converssasse com os EUA quando o presidente era o Bush, que protagonizou aquele escândalo eleitoral. Não invocavam com tanta veêmencia essa tal de "ilegitimidade" eleitoral quando se trata dos EUA. E por que não se questiona o poder bélico nuclear americano, ou israelense? Desconfia-se do que o governo iraniano é capaz de fazer, mas não se lembram do que o governo americano já fez... lembremos Hiroshima e Nagasaki. E como falar em atrocidade sem se indignar com Israel... que tal propor o fim do relacionamento diplomático com este país racista e imperialista onde há tortura legitimada pelo estado (acho que é o único caso no ocidente). Não defendo a extinção de Israel, mas quando se conhece um pouco do que está acontecendo lá, é bem difícil não sentir enjôo. Não gosto de estados religiosos como Irã e Israel, mas outra coisa é desprezá-los como possíveis parceiros. Aconselho a leitura do texto sobre essa história do Irã, do grande pensador alter-mundista Noam Chomsky (link abaixo).
terça-feira, 18 de maio de 2010
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