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Os dirigentes da associação SNAP, orientados pelos advogados da ONG americana "Centro para Direitos Constitucionais", entraram com uma ação para que o Papa seja julgado por "responsabilidade direta e superior por crimes contra a humanidade por estupro e outras violências sexuais cometidas em todo o mundo".
A organização acusa o chefe da Igreja católica de "ter tolerado e ocultado sistematicamente os crimes sexuais contra crianças em todo o mundo". À queixa acrescentaram 10.000 páginas de documentação de casos de pedofilia. Uma associação americana de vítimas de padres pedófilos anunciou nesta terça-feira ter apresentado uma queixa ante o Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Papa Bento 16 e outros dirigentes da Igreja católica por crimes contra a humanidade.
A SNAP possui membros nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Bélgica, quatro países muito afetados pelo grande escândalo de pedofilia que envolve a Igreja. "Crimes contra a dezenas de milhares de vítimas, a maioria crianças, foram escondidos pelos líderes nos mais altos níveis do Vaticano. Neste caso, todos os caminhos levam a Roma", declarou a advogada Pamela Spees. Os bispos e, em alguns casos, o próprio Vaticano rejeitou ou ignorou muitas das queixas das vítimas de padres pedófilos. O escândalo desacreditou a Igreja em vários países na Europa. A SNAP não acredita nesse desejo de transparência e justiça, e não moderou suas acusações.
O Papa Bento 16 expressou sua vergonha e pediu desculpas, apelando para a tolerância zero contra os pedófilos. Ele também pediu aos bispos do mundo, que têm a responsabilidade primária sobre seus sacerdotes, a plena cooperação com os tribunais criminais.
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