Acompanhando a movimentação político-eleitoral eu confesso que não me surpreenderia se em um eventual segunto turno das eleições presidenciais de 2010, a candidata Marina Silva viesse a apoiar o candidato tucano. Afirmo isso baseado nas declarações que ela tem dado (elogiando o processo de privatização ocorrida no governo demo-tucano, por exemplo), e também pelas movimentações e arranjos com vistas as coligações. Aqui no Rio a aliança é PV/PSDB/DEM/PPS (tenho dúvida se o PTB tá nessa), e Gabeira tem implorado ao PSDB que se resolva o quanto antes e o apoie. Confesso que senti nojo ao ver a foto de Gabeira ao lado das fotos de Marina e Serra.
É importante lembrar aos eleitores bem intencionados - que acham que Gabeira e Marina representam um sonho, ou uma nova utopia -, que esses dois saíram do governo Lula com um certo discurso moralista (Gabeira saiu oportunisticamente quando do suposto escândalo do mensalão), que apontava para uma frustração das utopias. Mas aí é o caso de se perguntar que utopia é esta que eles estão propondo ao lado da privataria do PSDB (nova direita) e do DEM (antigo PFL, ou a velha direita). Confesso que ao ver Gabeira ali naquela situação de implotar o apoio do PSDB lembrei de um velho samba de Wilson Batista que em uma de suas estrofes diz:
Tenho pena daqueles
Que se agacham até o chão
Enganando a si mesmos
Com dinheiro, posição
Eu nunca tomei parte
Desse enorme batalhão
Pois sei que além de flores
Nada mais vai no caixão
Que se agacham até o chão
Enganando a si mesmos
Com dinheiro, posição
Eu nunca tomei parte
Desse enorme batalhão
Pois sei que além de flores
Nada mais vai no caixão
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